A maioria
das bromélias podem ser plantadas em vasos, mas podemos mantê-las
sobre troncos ou xaxim. As Tillandsias, de folhas acinzentadas,
não se adaptam ao plantio em vasos, preferindo os troncos.
As bromélias crescem em quase todos os solos, levemente ácidos,
bem drenados, não compactados e que propiciem condições
de bom desenvolvimento para o sistema radicular. O substrato deve
ter partes iguais de areia grossa ou pedriscos, musgo seco (esfagno)
ou xaxim e turfa, ou mesmo húmus de minhoca. O importante
é que a mistura possibilite uma rápida drenagem. Cryptanthus
e Dyckias crescem bem no mesmo tipo de mistura, acrescentando-se,
ainda, uma parte de terra ou folhas secas moídas.
REGAS
As bromélias gostam de ter suas raízes molhadas, mas
sempre de forma bastante moderada, o mais importante é molhar
as folhas e manter sempre o tanque central com água. Quando
a temperatura ambiente estiver muito alta, borrife com água
as folhas, mas nunca sob luz solar direta e nas horas mais quentes
do dia. Plantas de folhas macias apreciam ambiente mais úmido
do que plantas de folhas rígidas.
LUMINOSIDADE
Bastante claridade em luz difusa é a condição
preferida pela maioria das bromélias. Em geral, plantas com
folhas rígidas, estreitas e espinhentas, tal como folhas
de cor cinza-esverdeada, cinza, avermelhada ou prateada, gostam
de maior luminosidade durante maior período de tempo, em
alguns casos até mesmo sol pleno. Plantas de folhas macias,
de cor verde ou verde-escura, apreciam locais com menor intensidade
de luz, mas nunca um local escuro. As Nidulariuns requerem pouca
luz, enquanto as Neoregelias se encontram no outro extremo. O intenso
e atraente vermelho translúcido encontrado em muitas Neoregelias
desaparece quando a planta é transferida para um local de
menor luminosidade.
Como sintomas de pouca luminosidade, as plantas apresentam folhas
escuras ou pobres em cor, freqüentemente macias, caídas
e bem mais longas que o normal (estioladas). Como sintomas de excesso
de luz, temos folhas amareladas, com manchas esbranquiçadas,
ressecadas e até com verdadeiras queimaduras.
ADUBAÇÃO
As bromélias devem ser adubadas com muito critério.
São extremamente sensíveis e absorvem os nutrientes
com muita facilidade pelas folhas. Use um adubo químico de
boa qualidade. Adube semanalmente durante os meses de maior intensidade
de luz e calor (de agosto a abril). A relação NPK
de 2-1-4 com traços de Magnésio parece ser ideal.
O Boro (Bo) deve ser evitado por causar queimaduras nas pontas das
folhas, o que também ocorre no caso do excesso de Fósforo
(P). Cuidado com o Cobre (Cu) que, mesmo em muitas pequenas quantidades,
mata a planta. A quantidade de adubo foliar recomendada é
de 0,5 g/litro de água usada em aspersão, de qualquer
forma nunca supere 2 g/litro.
TEMPERATURA E UMIDADE
As bromélias são plantas tipicamente tropicais, portanto,
a maioria aprecia temperaturas elevadas e bons índices de
umidade associados a local muito ventilado. As Guzmanias são
as que menos apreciam temperaturas altas, e as Tillandsias as mais
exigentes em arejamento, enquanto Vrieseas e Nidulariuns gostam
de locais com bastante umidade.
PRAGAS E DOENÇAS
As bromélias, apesar de muito resistentes, são suscetíveis
a pragas, fungos e doenças como todas as plantas, porém
são muito sensíveis a fungicidas e inseticidas, pois
absorvem esses produtos facilmente com seu metabolismo. Para combater
cochonilhas e pulgões, utilize uma solução
de fumo diluída em água. Retire as pragas com uma
escova de dentes. Para combater os fungos, utilize uma esponja macia
e úmida, com sabão de coco dissolvido em água.
Nunca utilize fungicidas à base de Cobre, como a calda bordalesa
- lembre-se que o Cobre mata as bromélias. As bromélias
são, com freqüência, atacadas por lesmas e lagartas.
Tente elimina-las manualmente. Caso necessite aplicar algum inseticida,
o mais tolerado é o Malatol, cuja dissolução
deve ser feita pela metade do indicado na embalagem.
Lembre-se que a principal causa do ataque de pragas é o desequilíbrio
ecológico. Convém lembrar, ainda, que as bromélias
são plantas extremamente sensíveis ao ar enfumaçado
ou poluído, pois absorvem elementos nocivos, depositados
na água do cálice.
FLORAÇÃO
As bromélias florescem somente uma vez durante seu tempo
de vida. Após a floração, a planta geralmente
desenvolve uma brotação lateral que substituirá
a planta que irá morrer. As bromélias atingem a maturidade
e florescem em diferentes idades - de meses a dezenas de anos, dependendo
da espécie e condições do ambiente, respeitando
sempre uma determinada época do ano. Muitas vezes, uma planta
não floresce em razão da falta de luminosidade ou
outro fator ambiental como, por exemplo, a temperatura. Por outro
lado, uma brusca mudança do ambiente pode provocar a floração
numa planta adulta. A planta sente-se ameaçada e o instinto
de preservação da espécie desencadeia a floração
com a finalidade de gerar sementes e brotos laterais: tudo isso
para assegurar a sua preservação.
Dependendo da espécie, algumas plantas apresentam inflorescência
extremamente exuberante, podendo ser de longa duração.
Algumas duram meses, como Aechmea fasciata e a Guzmania denise,
outras são breves, duram dias, como muitas das Billbergias.
Fonte: Sociedade Brasileira de Bromélias: http://www.bromelia.org.br