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Manjericão pode substituir pau-rosa
na produção de perfumes
O pau-rosa (Aniba rosaeodora), árvore nativa da região amazônica e que corre risco de extinção, está recebendo o apoio de um pesquisador de Campinas (SP) para sua preservação. Essa árvore durante décadas foi largamente explorada para extração do linalol - óleo essencial responsável pela fixação de perfume, usado principalmente na produção do Chanel no. 5. Agora o pesquisador Nilson Borlina Maia, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), descobriu que o manjericão, bastante utilizado na culinária, também produz essa substância e pode evitar a extinção do pau-rosa. "Assim como a aquisição de casacos de pele diminuiu em função de campanhas, acredito que a divulgação de que os principais perfumes franceses utilizam uma substância extraída de uma espécie em extinção interfira no mercado", diz o pesquisador.
Segundo cálculos do Ibama, a cada ano são derrubadas 2.000 árvores de pau-rosa para gerar cerca de 50 toneladas de linalol. Anos atrás, o pau-rosa era encontrado em toda a floresta amazônica, hoje existe somente um exemplar da espécie para cada sete hectares da floresta.
Apesar de não conter linalol nas mesmas proporções da árvore - no pau-rosa ele representa 80% do óleo essencial enquanto que no manjericão esse percentual fica em torno de 30% - a erva leva vantagem sobre a árvore por ser cultivável. Enquanto a árvore tem um período de maturação de 25 anos para o corte, a erva começa a produzir cerca de um ano após a semeadura.
Fonte de pesquisa: Revista Galileu